quarta-feira, 31 de março de 2010

Salas com mais de 40 alunos poderão ter microfones

Salas com mais de 40 alunos poderão ter microfonesAgência Câmara

Brasília - O Projeto de Lei 3757/08, do deputado Ricardo Quirino (PRB-DF), determina que as salas de aula do ensino médio e superior com mais de 40 alunos tenham microfones para os professores. O objetivo é evitar os problemas de voz que costumam prejudicar a saúde desses profissionais e a qualidade do seu trabalho.

O parlamentar cita um estudo apresentado na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em 2006, por duas fonoaudiólogas: dos 259 professores entrevistados por elas, 62,9% afirmaram já ter sofrido problemas vocais, e mais de 15% disseram acreditar que precisarão mudar de ocupação no futuro justamente por causa de questões relacionadas à voz.

As causas apontadas por eles foram o uso excessivo e inadequado da voz e as condições impróprias de trabalho (por exemplo: salas com pouco acústica e um grande número de alunos, o que obriga os professores a forçarem as cordas vocais).

Afastamentos
Conforme ressalta o deputado, a perda de voz que segue a rouquidão pode obrigar um docente a ficar pelo menos uma semana afastado da classe. 'Os danos atingem a qualidade do aprendizado: os alunos inicialmente têm dificuldade de entendimento por causa da voz prejudicada do professor e depois perdem aulas, ficam com matérias atrasadas e convivem com reposições não previstas no calendário original', destaca Ricardo Quirino.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadani

Battisti diz que corre perigo de morte ser for extraditado afirma para o Deputado Ricardo Quirino PRB/DF e outros parlamentares,

A deputados

Battisti diz que corre perigo de morte ser for extraditado

Publicada em 28/04/2009
Agência Câmara
BRASÍLIA - O ex-ativista italiano Cesare Battisti afirmou nesta terça-feira a um grupo de deputados que teme por sua vida caso seja extraditado. Condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas, Battisti obteve do Ministério da Justiça a condição de refugiado político e está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o caso.
Deputados da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara visitaram Battisti nesta terça-feira. O deputado Domingos Dutra (PT-MA), que integrou a comitiva, disse que o italiano está sob estresse muito grande, mas esperançoso de que o STF confirme a decisão do governo brasileiro .
Dutra informou que, segundo relato de Battisti, os agentes que comandam o sistema penitenciário italiano teriam feito um manifesto condenando o ex-ativista.
- Há um receio muito grande de que, se o Supremo determinar a extradição, ele seja assassinado na Itália - disse o deputado.
Deputado quer audiência pública com ministro Tarso GenroDomingos Dutra anunciou que vai apresentar requerimento à Comissão de Direitos Humanos para realização de audiência pública sobre o assunto com o ministro da Justiça, Tarso Genro.
Além de Domingos Dutra, participaram da visita o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Luiz Couto (PT-PB), o deputado Ricardo Quirino (PRB-DF) e o presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
Deputados de oposição têm acusado o governo brasileiro de adotar uma posição ideológica no caso. As autoridades italianas afirmam que Battisti foi julgado por crime comum e não político. O governo da Itália impetrou no STF mandado de segurança para assegurar a extradição do ex-ativista.

Delator vai a CPI e ameaça políticos do DF Barbosa diz que denunciou esquema porque 'não aguentava mais achaques' de Arruda e Octávio


Delator vai a CPI e ameaça políticos do DF  Barbosa diz que denunciou esquema porque 'não aguentava mais achaques' de Arruda e Octávio

BRASÍLIA
Ao depor ontem à CPI da Corrupção, na Câmara Legislativa, o ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa mandou recados para políticos e empresários de Brasília. "O rolo compressor vem aí, nem começou. Quem tiver sua culpa que assuma, pois muita coisa vai acontecer."

Delator do "mensalão do DEM", Barbosa afirmou que resolveu denunciar o esquema porque "não aguentava mais os achaques" do governador cassado José Roberto Arruda e do ex-vice-governador Paulo Octávio, que renunciou após o escândalo.

Ele ratificou os 40 depoimentos dados até agora à Polícia Federal e ao Ministério Público como réu colaborador do inquérito conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça. Mas se recusou a responder às perguntas dos deputados, uma vez que vários dos membros do Legislativo são acusados de receber propina.

"Só presto depoimento para entidades sérias e nas quais confio", afirmou. Com isso, a sessão da CPI durou apenas 35 minutos. Diante da insistência do deputado Batista das Cooperativas (PRP), Barbosa disse, irritado, que seria mais útil interrogar os envolvidos no esquema. "A sociedade está ansiosa para ouvir o ex-governador Arruda, o Paulo Octávio, seus assessores, os secretários e os deputados envolvidos darem suas explicações."

Segurança. A sessão foi realizada num auditório da PF, sob forte esquema de segurança porque o ex-secretário está sob proteção. Suas delações levaram à deflagração da Operação Caixa de Pandora, em novembro passado. Ele anexou ao inquérito 30 vídeos com cenas de corrupção explícita em que Arruda, deputados e secretários aparecem guardando maços de dinheiro nos bolsos, em pastas e até nas meias e cuecas. "Eu apenas tive a coragem de me livrar desse mal que estava me corroendo."

O advogado de Arruda, Nélio Machado, classificou de "retórica" as ameaças de Barbosa. "Rolo compressor é contra ele."